quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

XI Café RHDebates

Indicadores de Gestão de RH - Fechamos o ano com chave de ouro!

Léo Salgado abrindo evento com um
agradecimento especial à nossa grande patrocinadora
AMIL pela renovação do contrato para 2009

Marcelo Norberto apresentando o palestrante

O palestrante Marcelino Tadeu

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XI Café RHDebates

O palestrante com a equipe Newtrend / RHDebates e Luciene,
representante da AMIL



Marcelino com Alberto Lopes da Robert Half e Marcelo Norberto



Marcelino dando autógrafos







XI Café RHDebates

Marisa Fernandes e Sônia Saragosa

Isôlda Maria e Renata Veloso

Cristiane Mesquita e André Luiz

Carla da Silva, Luciene e Norina
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XI Café RHDebates

Marina Gomes, Carla da Silva e Robson Macedo

Vinícius Soares e Cristiane Mesquita

Dayse Aguiar, Luiz Eduardo e Kátia Regina

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XI Café RHDebates


Leonor Chimeli e Cristiane Souza

Márcia Gonçalves e Isaac Castro

Sônia Melo e Luiz Carlos Ferreira

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Atitude Pró-ativa do Gestor de Recursos Humanos diante da Crise Atual
por Timótio Gomes Louback*

Uma das cenas que mais me impressionam no filme Titanic é aquela em que um grupo de músicos continua a tocar os seus violinos até os momentos finais do naufrágio. Ao invés de ajudarem pessoas a se salvar diante daquela grande crise, eles permaneciam tocando os seus instrumentos, pois estavam ali somente para isso.
Como tem sido a atitude dos gestores de recursos humanos diante da crise atual? A crise apareceu, está aí, e pode durar um bom tempo.
O número de empresas que paralisaram parte da produção em outubro praticamente dobrou em relação ao que fora constatado em igual período no ano passado. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) identificou 118 paradas no mês de outubro de 2008, ante 68 observadas em outubro de 2007.
A produção industrial do país desacelerou 1,7%
em outubro frente ao mês anterior, após crescimento de 1,7% em setembro.
Apesar de negar que haja um pacote brasileiro de combate aos efeitos da crise internacional de crédito no país, o governo já anunciou uma série de medidas nas últimas semanas para evitar uma piora no sistema financeiro.
A Petrobras, a maior empresa brasileira e 27º no ranking das Américas, está no meio dessa tormenta. A queda no ritmo da economia mundial faz, a médio prazo, com que o mundo passe a consumir menos petróleo. Enfim, são obstáculos colocados pela crise em um terreno que há bem pouco tempo parecia uma pista de decolagem rumo a um futuro glorioso.
O valor das ações da Petrobras caiu mais de 40% desde o início de outubro até a semana passada. O preço do petróleo despencou 37% na média mensal. E o dólar saltou de R$1,70 para R$ 2,50, o que é uma fonte de incertezas para uma empresa brasileira.
Os efeitos da crise econômica internacional já começaram a dar reflexos na indústria. Indicadores do mês de outubro, divulgados em 04/12/2008 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram desaceleração na atividade industrial.
De acordo com o Gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, já há sinais negativos para o setor. “Agora, o que temos são sinais de inflexão. Isso já é reflexo da crise internacional”, afirmou.
Ele acrescentou ainda que este é o primeiro reflexo da crise econômica no setor e este cenário deve continuar no início de 2009. O faturamento da indústria em outubro caiu 0,2 % em relação a setembro.
O gerente da CNI também chamou atenção para dois reflexos da crise que atingem diretamente a indústria: a queda do crédito e a redução da demanda. O primeiro afetou principalmente as indústrias de exportação e o segundo poderá ter efeitos nos índices de emprego.
Nas empresas os gestores financeiros correm desesperadamente para arrumar crédito, reduzir custos, cumprir compromissos de pagamentos. Os gestores de produção se desdobram para adequar o nível de produção ao nível da demanda. Estoques se acumulam, pátios se enchem de produtos acabados sem demanda. Os gestores de marketing lutam para fazer com que o consumidor não pare de consumir. Os presidentes, vice- presidentes, membros de conselhos fazem lobby para que o governo ajude as indústrias, vendem empresas, fundem empresas, adquirem empresas. E os gestores de recursos humanos, o que fazem diante deste redemoinho?
Muitos se preocupam única e exclusivamente em processar as demissões, as férias coletivas, as folhas de pagamento, enfim tocar os violinos enquanto os seus parceiros lutam contra os efeitos da crise. Estas atividades podem e devem ser perfeitamente terceirizadas com empresas que se especializaram nesta atividade.
Os melhores gestores de recursos humanos se somam ao time dos que verdadeiramente se
envolvem na luta contra a crise.
Vejamos algumas sugestões de ações que os gestores de recursos humanos poderiam realizar:
1. Endomarketing: Comunicar de forma motivadora, honesta e sincera com os funcionários que estão todos assustados com a possibilidade de desemprego. Fazê-los ver que é neste momento que eles devem se engajar, com criatividade e garra, para que sua empresa sofra o mínimo possível com a crise.
2. Montar programa de avaliação de desempenho e participação nos resultados para, em caso de demissões, a empresa manter os melhores profissionais de forma que quando a crise se for, como sempre vai, a empresa esteja à frente de seus concorrentes para a retomada do crescimento porque manteve um programa de retenção de talentos.
3. Avaliar as atividades operacionais e repetitivas de sua área que possam ser terceirizadas, de forma que ele, Gestor de Recursos Humanos, tenha tempo de se juntar aos seus colegas de gestão da empresa para tratar de assuntos estratégicos e de vital importância para sobrevivência da empresa.
4. Organizar e conduzir reuniões de planejamento e/ou rever o planejamento estratégico da empresa para que as ações sejam menos emocionais e emergenciais e, sim, mais planejadas para o enfrentamento da crise, a fim de fazer com que a empresa saia fortalecida da crise.
5. Conduzir programas de melhoria da qualidade e redução de desperdícios permitindo que os funcionários dêem a sua participação individual na luta contra a crise. Eu trabalhava em uma grande multinacional, montadora de automóveis, quando ela desenvolveu um programa denominado “Juntos Para o Futuro”, que conseguiu coletar de funcionários, dos mais diversos níveis, sugestões de melhorias que, quando implantadas, representaram milhões de reais em economia, sem contar a motivação para o funcionário que apresentou a sugestão.
Muitas outras sugestões poderiam ser dadas, mas com certeza, os gestores de recursos humanos das empresas brasileiras sabem, melhor de que eu, que a sua contribuição para enfrentar a crise pode e deve ser muito maior que as sugestões aqui apresentadas.
Em resumo, eu diria: livrem-se do operacional, se transformem em gestores estratégicos de recursos humanos e contribuam de forma eficaz e relevante para o sucesso de sua empresa, de sua cidade e de seu país. Esta é a responsabilidade do gestor de recursos humanos.
Segundo o IBGE, no Brasil em 31/12/2006, existiam 5.726.926 empresas, empregando 34.167.554 assalariados, com uma massa salarial de R$ 536.853.442.000. Ou seja, é imensa a responsabilidade dos Gestores de Recursos Humanos em gerir esta imensidão de humanos. Devido a isto eles não podem ficar simplesmente tocando seus violinos enquanto a crise se instala.

*Diretor da Unidade de BPO/Outsourcing da Newtrend
tlouback@newtrend.com.br
www.newtrend.com.br